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O que nos move ?

Foto do escritor: RitaleixoRitaleixo

Querid@s Tod@s,


Recentemente ouvi uma conversa que me conduziu o resto do dia em reflexão interior sobre o que nos move.

Um jovem respondia a outro sobre o que gostava de fazer após concluir a faculdade dizendo: “Ainda não sei bem, mas talvez o que me der mais dinheiro.” Aquilo deixou-me em suspenso com uma inquietação dentro.

Segui em silêncio para casa e fiquei a remoer nessa sensação inquieta de que algo não estava certo. Internamente, vinha a dizer-lhe: “Não… segue a tua intuição, segue o entusiasmo do teu coração, segue aquilo que mais te faz vibrar o olhar…”.


Algo não está certo quando a escolha parte apenas de fora. Algo continua a faltar na forma como somos educados, na forma como crescemos rodeados de expectativas de que temos de ser alguém, de que devemos ganhar estatuto, poder e dinheiro. E com isso, seremos felizes. Porque os outros nos admiram, ganhamos a felicidade. Porque temos uma bela casa e uma mão cheia de mil e uma coisas podemos garantir o final “felizes para sempre”. Porque fora obtemos validação, então está tudo certo. Será assim?

E a questão central não é o dinheiro, que faz parte do sistema e se for abundante tanto melhor. Porque o dinheiro também é energia e pode ser um recurso muito benéfico , seja esse o fim para ele canalizado.

A questão essencial reside no que nos move. No que nos faz passar a maior parte do dia a fazer determinada actividade, no que nos leva a dedicar largos anos da nossa vida dedicados a algo. Se a resposta for para ser rico, então somos pobres interiormente. Se a resposta for para ser reconhecido ou para que outros gostem de mim, então não sabemos quem somos.

E revendo esta minha inquietação, comovo-me com o seu espelho em mim, porque nada ressoa em nós senão partilharmos algo com eles. Cada vez mais sinto que preciso de menos para ser feliz. Cada vez mais agradeço tudo o que já tenho e espero continuar a nutrir as sementes internas da vida harmónica e plena em si mesma. Peço mais clareza à visão interior para que ao caminhar possa encontrar a riqueza no mais simples e tomar decisões alinhadas com o meu propósito e aprendizagem.

Recordo sempre com muito amor e humildade a minha avó que quando eu era pequena não me deixava cavar a terra, não porque não me quisesse ensinar ou precisasse de ajuda, mas porque receava que cortasse as batatas e isso fosse um desperdício. Cada uma tinha valor porque todas eram o alimento do ano inteiro.


Que o que nos mova seja sempre o alimento da nossa alma.

Abraço de Luz,

Rita

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