Estes foram meses de silêncio, auto-cuidado e recolhimento, tão necessários para o meu ser.
Não foi tempo de partilha, nem de comunicação, nem de descoberta. Não foi tempo de claridade. Foi tempo de casulo. Noutros tempos teria provavelmente seguido em frente olhando fora e deixando para segundo plano as minhas necessidades. Desta vez, foi diferente.
Faz um ano que tudo mudou... Um ano que me trouxe também profundas mudanças. Olhando para trás, entre a dureza do caminho, escolho agradecer a maior benção que esta tempestade desafiante me trouxe no tempo que me deu para a introspecção e auto-desenvolvimento - o nascimento da Terra em Ti, cujos primeiros passos dados em prol do bem-estar integrado do ser trouxeram consigo muita alegria e a oportunidade de a cada dia ser quem sou.
E porque chegamos a mais uma Primavera e estamos rodeados de uma energia de esperança e de potencial vir a ser, partilho convosco esse sentir que vem das minhas células, esse impulso e vontade de renascer.
Espero ver-vos em breve! :)
E deixo-vos com um poema:
"Cada árvore é um ser para ser em nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses"
António Ramos Rosa
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